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Tipos de Evangelhos

  • Foto do escritor: Suzana Sás
    Suzana Sás
  • 1 de dez. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de nov. de 2024

Pergaminho com escritos antigos.
Pergaminho. Foto: Letra Espírita.

Os evangelhos (do latim tardio evangelium, do grego clássico εὐαγγέλιον, «boa nova», composto de εὐ «bem, bom» e ἄγγελος «mensageiro, anúncio») são um gênero de literatura do cristianismo primitivo que conta a vida de Jesus, a fim de preservar seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus.

O desenvolvimento do cânon do Novo Testamento deixou quatro evangelhos canônicos, que são aceitos como os únicos evangelhos autênticos para a maioria dos cristãos.

Entretanto, existem muitos outros evangelhos. Eles são conhecidos como apócrifos e foram escritos, geralmente depois dos quatro evangelhos canônicos. Alguns destes evangelhos deixaram vestígios importantes na tradição cristã, incluindo a iconografia.


Evangelhos canônicos


Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João são chamados evangelhos canónicos por serem os únicos que o cristianismo primitivo admitiu como legítimos e hoje integram o Novo Testamento da Bíblia, sendo também os únicos aceitos pelos grupos que sucederam. As igrejas cristãs só aceitam estes quatro evangelhos como tendo sido inspirados e fazendo parte do Cânon. As igrejas cristãs, católica, ortodoxa e protestantes têm na Bíblia, incluindo os evangelhos, a base de sua fé e de sua prática.


O Evangelho de Mateus foi escrito para convencer os judeus de que Jesus era mesmo o Messias que estava por vir, por isso enfatiza o Antigo Testamento e as profecias a respeito desse ungido.

O Evangelho de Marcos (discípulo de Pedro) foi escrito para evangelizar principalmente os romanos, e relata somente quatro das parábolas de Jesus, enfatizando principalmente as ações de Jesus.

O Evangelho de Lucas foi escrito para os gentios (não judeus), enfatizando a misericórdia de Deus através da salvação por Jesus Cristo, principalmente para os pobres e humildes de coração.

O último dos evangelhos, o de João, foi escrito para doutrinar os novos convertidos. Não cita nenhuma das parábolas de Jesus (afinal, as parábolas já eram conhecidas no meio cristão, através dos relatos contidos nos outros evangelhos), porém combate com firmeza as primeiras heresias surgidas no princípio do cristianismo, como por exemplo: o gnosticismo (que negava a verdadeira encarnação do Filho de Deus) e outras seitas semelhantes, que também negavam a divindade de Jesus Cristo.


Evangelhos apócrifos


Centenas de outros evangelhos foram escritos na antiguidade. Eles são chamados evangelhos apócrifos. Entre os manuscritos encontrados no Egito conhecidos como Biblioteca de Nag Hammadi, figuram os evangelhos atribuídos a apóstolos de Cristo: o evangelho de Tomé, o evangelho de Filipe, o evangelho de Pedro e o evangelho de Judas. Contêm, também, o evangelho de Maria.


  • Protoevangelho de Tiago

  • Evangelho do Pseudo-Tomé

  • Evangelho do Pseudo-Mateus

  • Evangelho da Infância Siríaco

  • História de José, o carpinteiro

  • Vida de João Batista

  • Evangelho Armênio da Infância de Jesus

  • Evangelho dos Hebreus

  • Evangelho dos Nazarenos

  • Evangelho dos Ebionitas

  • Evangelho de Marcião

  • Evangelho de Mani, também chamado de Evangelho Vivo ou Evangelho dos Vivos

  • Evangelho de Apeles

  • Evangelho de Bardesanes

  • Evangelho secreto de Marcos

  • Evangelho secreto de Mateus

  • Evangelho apócrifo de Tiago

  • Evangelho apócrifo de João

  • Evangelho de Tomé

  • Declaração de José de Arimatéia

  • Evangelho de Pedro

  • Atos de Pilatos, também chamado de Evangelho de Nicodemos

  • Evangelho de Barnabé

  • Relato de Pilatos a Cláudio

  • Cura de Tibério

  • Descida de Cristo ao Inferno

  • Evangelho de Bartolomeu

  • Questões de Bartolomeu

  • Ressurreição de Jesus Cristo de acordo com Bartolomeu

  • Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus

  • Evangelho dos quatro reinos celestes

  • Evangelho de Matias

  • Evangelho de Eva

  • Evangelho da Perfeição

  • Evangelho dos Setenta

  • Evangelho de Tadeu

  • Evangelho dos Doze

  • Memoria Apostolorum

Evangelhos sinópticos


É a denominação dada aos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas por conterem uma grande quantidade de histórias em comum, na mesma sequência, e algumas vezes utilizando exatamente a mesma estrutura de palavras. Tal grau de paralelismo relativo ao conteúdo, narrativa, linguagem e estruturas das frases somente pode ocorrer em uma literatura interdependente. Muitos estudiosos acreditam que esses evangelhos compartilham o mesmo ponto de vista e são claramente ligados entre si.


Gnósticos


Trata-se de um conjunto de textos antigos que revelam aspectos quase desconhecidos do Cristianismo, incluindo evangelhos, tratados, epístolas e apocalipses, alguns datados da mesma época dos escritos canónicos da Bíblia, mas que chegaram a ser proibidos e queimados pela Igreja ortodoxa de Roma.

Algumas diferenças concretas passam por uma leitura simbólica e não literal dos livros sagrados, a procura da salvação através do conhecimento e não pela fé, e também o conceito de ressurreição, que não se refere ao corpo, mas sim à iluminação espiritual da consciência.

Descobertos no Egipto em meados do século passado, estes escritos gnósticos, divididos em 13 livros, são considerados de grande importância por diversos historiadores devido à sua contribuição para o entendimento do cristianismo nas suas várias manifestações, ao longo da História.



Fonte: Wikipedia

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